terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Não me tire de sua vida

Por favor não saia da minha vida
Eu tenho tanta esperança em ti
E descobri tanto de mim
Ao descobrir teu jeito de sorrir

Por favor não saia de modo tão lento
Coberto de cinza e silencio
Pois eu fico cinza por dentro
Ao ver esvaziar meu sentimento

Por favor, não permita que a despedida
Te tire de minha vida
Pois depois de despedir-me de ti
Nada mudou em minha lida

Meu coração é um barco pequeno
Mas cheio de esperança
Movo-me em direção a ti
Corro feito uma criança

Então me abrace
Me aceite
Me espere
Não te peço que me ame
Desse meu jeito sem medida
Apenas te peço que ainda
Não me tire de sua vida.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Versinho

Ah, não vá pensando que eu sou romântica.
Romântica uma ova!
Nem tudo o que o coração escreve
É o que a mente aprova
Poesia é um teatro!

sábado, 19 de dezembro de 2009

Umidade

Umidade, pele, água
Pele, úmida pele
Água, água, sal
Água salgada
Pele úmida com água salgada
Pele de lágrimas molhada
Cachoeira na pele desenhada
Lágrima ácida e salgada
Pele machucada
Rosto de mágoas
Olhos de lágrimas

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Tempo de chorar

Algo me diz que é chegado o tempo
De se ter novamente sofrimento
De cessar mais uma vez o canto
E colher nas lavouras o pranto

Posso sentir, tá na cara.
Que a alegria já é rara
Que foi se embora a festa
E o sorriso já não resta

Tempo de chorar chegou
Tempo de tristeza voltou
Hora de colher o que se plantou
Hora de sofrer por amor

Mas a vida é mesmo deste jeito
Em um dia está tudo direito
No outro o caminho fica estreito
Até o ciclo estar refeito.

Quem ri de mais é porque
Logo chegara a hora de sofrer
Quem em desgraça está
Logo a verá passar

Mas agora é minha vez
E posso sentir que irá chegar
A hora que ninguém quem enfrentar
É chegado o tempo de chorar.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Em breve talvez eu mude
De casa, de gosto, de vida.
E todo passado que eu revivo
Fique apenas na despedida

Em breve talvez eu reveja
Mesmo que só por um segundo
Pois é tudo que quero no mundo
E é tudo que preciso evitar

Em breve talvez eu esqueça
E tudo isso desapareça
Muita coisa aconteça
E eu nem perceba

Em breve quem sabe eu me entregue
E me perca nessa vida confusa
Me arrependa dessa busca
Pelo breve que nunca chega

pés e mãos

Senhor, me entrego em suas mãos
Pois as minhas calejadas estão
Já não posso estendê-la ou dobra-la
Pois essa ferida me mata
Esse corte que tão longe se arrasta
Faz-me querer me entregar
Que seja para ti, Senhor.

Meu Deus, já não posso suportar.
Feridas por todo meu ser há
Meus pés doem também, meu pai.
Doem de tanto andar
Querendo chegar, implorando para chegar
Mas minha vida é só caminhar, caminhar.
Até ver meus pés calejados
Sem nada ter alcançado

Senhor, mais que tudo meu coração.
Precisa de seu santo cuidado
Já não suporto a agonia
De responder ao seu chamado
E estou perdendo as forças, o medo, o amor.
Estou desistindo de tudo, Senhor.
Só não desistas de mim
Pois é em ti que espero
Que seja alegre meu fim.

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