terça-feira, 23 de novembro de 2010

Em nome da ordem e do progresso.

Ela está triste na janela
E aurora de cor amarela
Continua com seus tons pastéis
Nas ruas e nos quarteis
Um milhão de coisas se articulam
Os soldados e coroneis
Cochicham,gesticulam
Algo está preparado
Há algo miticulosamente planejado
Para que as ruas fiquem em paz
(E os corações em guerra)
Por trás das janelas
Há invisíveis celas.
E ninguém parece entender
Que o grito mais alto
É a voz que menos se ouve
E o silencio de alma
É a única voz audível
Em tempos de paz
Paz de rua,paz na Terra
Paz só pra quem foi feito pra guerra
Está tudo na mais perfeita paz
Enquanto nossa voz está calada
Não hávera conflito jamais
Se nossas ideias forem barradas.
Sabemos que estamos sendo enganados
Sabemos que não podemos ir embora
Mas as ruas estão todas em paz
Desde que ninguém saia pra fora.

Recém casados

Ninguém venha me falar
Que não soube escolher meu homem
Que estou amando demais
E que amor não mata fome
Ninguém venha me avisar
Que irei me decepcionar
que não deveria deixar o emprego
E que com ele não terei sussego.
Nenhuma pessoa me diga
Que não deveria criar barriga
Que é cedo demais pra criar familia
E que serei má mãe por ser má filha.
Ninguém fale que nossas brigas
Irão arrruinar nossas vidas
Que nosso caso tem data prevista
Pra acabar como as velhas intrigas
Ninguém fale que minha casa
É indigna para morar
Que lá não há conforto
Que lá não será um lar.
E para os que insistirem
Que minha escolha não foi pensada
Eu digo que posso estar errada
Mas é minha vida,meu marido,minha casa!

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Serra do Mar

Eu quero viver na Serra do Mar
Na montanha da mata Atlântica
Onde é mais puro o ar
E a vida mais romântica
Eu quero viver lá
Numa casa de madeira
Pouca roupa pra tirar
Banho de caichoeira
Quero meu amor comigo
Na minha rede,no meu colchão
Nenhuma moeda no bolso
Mas um tesouro no coração.
Eu quero morar na Serra do mar
Que me leve até lá a sorte
Que lá é mais fácil amar
Que lá o amor é mais forte.
Eu quero me enfiar na floresta
Pra não sair tão logo não
Melhor uma vida modesta
Que viver sem nenhuma paixão
Mas se a vida me deixar na cidade
Que fique aqui o meu valor
O que eu quero de verdade
É ser feliz com meu amor.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Recado da gaveta.

A dor maior não é perder
E sim descobrir tâo derrepente
Que o amor é terrivelmente bonito
E inevitavelmente finito
A dor mais forte é saber
Que apesar de você
Irei inconcientemente ser feliz
E o amor, aquele que juramos infalível
É apenas uma fase
Das muitas de nossa vida consumível
Apenas uma caixa de cartas amarelas
E um porta retrato banido da estante
O amor acaba no fundo de gavetas
Mas é infinitamente cativante.

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