domingo, 26 de setembro de 2010

Dias de ruina

Ando assim com as pernas bambas vez ou outra
A voz hora nítida hora rouca
Meio seca com as pessoas.
Ando com um sorriso no rosto
Que se constrói em um décimo de minuto
E se desfaz em menos de um segundo
E meus olhos são a morada fixa de duas lágrimas apertadas
Que são contidas por doze quinze avos do dia
Mas às vezes não podem ser evitadas
Escorrem amargas
Em frente do espelho e nas calçadas.
Ando com a cabeça pesada
E com a vida pesada
Apenas deixando – me ser levada
Por qualquer onda para qualquer praia
Ando assim mesmo alucinada
Pois o amor fez-se ruína diante de meus olhos
Mas meus sonhos não encontraram fim
E a finada lembrança de te ter comigo
Ainda vive dentro de mim.

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