domingo, 17 de janeiro de 2010

Cerejeira

Ah, troncos fortes, que tudo suportam
Fincos na terra,sempre firmes
Galhos secos sem cor definida
Esperam por toda a vida
A chegada das flores chagadas
Que vêm dar cores aos seus galhos
Juntando a pequenez de cada uma
Acabam por colorir a paisagem inteira
Fazendo brotar o amor na cerejeira
Que se esvai como a água correndo pelas mãos
Ah, beleza efêmera e corredeira
Alegria intensa e passageira
Nunca pertencerá a ninguém
Mas cada vez que chega é a primeira
Cada vez que morre é choradeira
E a espera pela volta é sempre a mesma
Tristeza, tristeza
Ah,cerejeira
De galhos fortes
E flores rosas
Mas o fruto é cor de sangue
E o amor é cor de sangue
Pois tudo o que é belo morre
E tudo é belo na cerejeira
Que tanto espera
Suas flores passageiras.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Seguidores