As ruas longas e ensolaradas
De pedras e gente banhadas
Parecem-me uma tela desenhada
Há anos, há décadas passadas.
O céu , meio azul sem cor
Onde a vida está estampada
A mim parece preso em vidrilhos
Tão distante como ruas ensolaradas
E as pessoas que circulam
Vão, vêm, voltam, chegam e param, vão embora.
São pessoas de faces enroladas
Em faixas de seda gasta.
Ah, esse pressente tão perto de mim,
Parece-me mais próximo ao fim
Distante de mais a meu ver
Perto demais para entender
Confuso de mais para eu viver.
Nenhum comentário:
Postar um comentário