terça-feira, 25 de maio de 2010

Loucura

Não, não sei bem o que sou
Talvez a loucura esteja mais presente em mim
Que a genialidade das palavras
Talvez não haja nem loucura
Nem genialidade, nem nada
Talvez seja mais louca que poeta
Mais confusa que esperta
Mais perdida que certa
Nem a dúvida me resta.
Talvez enquanto me confundo
Nesta procura por algum não vazio existencial
Minha loucura esteja em festa
Feliz por me fazer mal
Tão perto que nem demonstra
Fazer parte de meus ideais
Tão tímida que nem transparece
Que já não articulo idéias normais
Que pareço ser da Lua
Quando estou na Terra
E um ser sem terra
Quando estou na Lua.
Talvez meus ápices de insanidade
Sejam fase de transição
E eu esteja condenada a viver
A viver minha alucinação.
Ou pode ser que não esteja
Em transição alguma
Nunca fui sã.
Nenhum pingo de lucidez.
Anormalidade vã,
Louca,doida de vez.
Louca,louca!
De normalidade pouca
Vista fraca,voz rouca
Razão frágil,pouca roupa
Poucos dentes dentro da boca.
Não sei bem o que sou
Talvez eu seja poeta
Talvez seja poeta por ser doida
Ou louca por ser poeta
Não sei.
Mas se for tudo loucura
Imploro em condição singela
Que a amiga Poesia
Sirva-se completamente dela.

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